Miopatias

As miopatias são condições que afetam os músculos esqueléticos, comprometendo sua força, função e estrutura, sem envolver diretamente os nervos periféricos. Elas podem surgir desde o nascimento ou se desenvolver ao longo da vida, provocando sintomas como fraqueza muscular, fadiga, dores, atrofia e dificuldade para realizar atividades diárias. Existem diferentes tipos de miopatias, incluindo congênitas, inflamatórias, metabólicas, degenerativas e induzidas por medicamentos. Cada tipo apresenta características próprias, mas todas exigem acompanhamento especializado para garantir qualidade de vida e prevenir complicações.

Diagnóstico e indicação

O diagnóstico das miopatias é clínico e multidisciplinar, iniciando-se com uma avaliação detalhada da história do paciente, incluindo histórico familiar e evolução dos sintomas. O exame físico permite identificar fraqueza muscular, alterações de tônus, dor e limitações de movimento. Exames complementares são frequentemente necessários, como:

  • Laboratoriais: dosagem de enzimas musculares que indicam lesão muscular.

  • Histopatológicos: biópsia muscular para analisar alterações das fibras.

  • Imagem: ressonância magnética para avaliar a estrutura e volume muscular.

  • Neurofisiológicos: eletroneuromiografia para diferenciar miopatias de problemas nervosos.

As miopatias podem ser suspeitadas quando o paciente apresenta fraqueza muscular progressiva, fadiga excessiva, dificuldades motoras, dores musculares frequentes ou deformidades articulares. O acompanhamento por um especialista em ortopedia ou neurologia muscular é essencial para definir o tipo de miopatia e indicar o tratamento adequado.

Principais intervenções:

O tratamento das miopatias depende do tipo, da gravidade e das necessidades individuais. As principais estratégias incluem:

  • Fisioterapia personalizada: exercícios de alongamento, fortalecimento e mobilidade para preservar função muscular, reduzir contraturas e melhorar a respiração, quando necessário.

     

  • Terapia medicamentosa: corticosteroides, imunossupressores ou imunobiológicos podem ser utilizados para reduzir inflamação, controlar sintomas e retardar a progressão da doença. O uso de medicamentos é sempre monitorado para evitar efeitos adversos.

     

  • Cuidados complementares: massagens e acupuntura podem auxiliar no alívio da dor e na melhora do bem-estar, mas não substituem a terapia principal.

     

  • Cirurgia: em casos de deformidades articulares ou escoliose, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para restaurar a função e prevenir complicações.

É importante que os pacientes e familiares estejam envolvidos no acompanhamento contínuo, seguindo orientações médicas, realizando exercícios prescritos e participando ativamente das consultas de revisão. O acompanhamento periódico garante ajustes no tratamento conforme o crescimento, evolução da doença e resposta terapêutica, promovendo melhor qualidade de vida e função muscular ao longo do tempo.